quinta-feira, 5 de julho de 2012

A NATALIDADE, A EDUCAÇÃO

Vários órgãos de comunicação social noticiaram hoje que Portugal está com a mais baixa taxa de natalidade desde o início do século XX.
Quase sem excepção, todos optaram pela abordagem das causas que levaram a esta realidade.

Eu aconselharia os responsáveis deste país a olharem para esta notícia de forma diferente; a pensarem nas consequências que irão existir dentro de cinco, seis anos, nomeadamente, no sector do ensino.

Com isto quero dizer o seguinte: basta um simples raciocínio matemático para se perceber que dentro dos tais cinco, seis anos e, com continuação nos consequentes 10 a 12 anos, o número de alunos irá reduzir substancialmente. Logo, se existirem menos alunos, terão de existir menos professores e, quiçá, menos escolas.

Esta minha forma de abordar a questão da natalidade (que não me parece estapafúrdia de todo) neste campo específico da educação, poderá ser um alerta para se ponderar muito bem toda a política de eventuais contratações de docentes, de investimentos em novos equipamentos escolares (que não visem a substituição de existentes) e até de opção individual para quem pensa seguir a carreira docente.

Se houver uma nova abordagem às realidades, que contemplem planeamento e objectividade, poder-se-á evitar no futuro as habituais cenas de despedimentos forçados, encerramentos bruscos de escolas e os normais problemas políticos, económicos e sociais que estas decisões acarretam. 

Seria bom que em Portugal pudéssemos ver o poder decisório e executivo, projectar o futuro, baseado na realidade de hoje, de forma objectiva e ponderada de forma a que agisse por antecipação em vez das usuais e grosseiras reacções por necessidade e incúria. 

Eu vou sonhando...

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